O Implante.Institute nasceu de uma pesquisa onde foram achados metais em implantes fora dos padrões internacionais (ASTM), foram pesquisados inicialmente 15 implantes dentários de lotes diferentes, de 5 marcas comerciais conhecidas, registradas e detentoras de um grande mercado.
Foram achadas nas amostras a presença dos elementos Níquel (Ni) e Alumínio (Al), o que correspondia um problema de saúde pública, as empresas foram comunicadas sobre esses problemas e algumas não se interessaram em controlar a sua qualidade lote por lote, implante por implante desta forma, de modo a continuamos trabalhando na pesquisa e em mais evidências científicas, na publicação de artigos científicos para que a própria sociedade científica pudesse pesquisar e assim cobrar das empresas um controle de qualidade não por amostragem, mas sim lote por lote e até conscientizar os dentistas sobre os problemas relacionados aos implantes sem qualidade e piratas, presentes no mercado.
Foi detectado que várias empresas se negaram a doar implantes para pesquisa e desde momento pudemos partir do pressuposto de “quem não deve não teme” e por isso alguns implantes foram comprados por nosso grupo para que pudéssemos analisar todos os implantes possíveis dentro das nossas limitações orçamentárias iniciais.
Inicialmente as amostras foram desbastadas (cortadas) com discos de diamante no Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) do Ministério da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro, sendo que esse estudo foi “cego”, pois o profissional técnico que preparou as amostras não era dentista, nem sabia quais marcas, modelos e lotes estavam sendo pesquisados e nunca tinha trabalhado com implantes antes.
Foram achadas variadas contaminações com elementos químicos nas análises em Microscópia Eletrônica de Varredura/EDS, estavam presentes em algumas amostras os elementos Níquel (Ni) e Alumínio (Al) além de diferenças estruturais na parte física das 15 amostras analisadas, pois em todas as amostras haviam buracos, que eram o aprisionamento de oxigênio no processo de fundição para obtenção do titânio.
Cabe a fábrica de implantes identificar o melhor fornecedor de matéria prima (barras de titânio) para em seguida se comercializar implantes e componentes.
A literatura atual, mostra que um estudo Sueco do pesquisador Dr. Jan Derks, na Sahlgrenska Academy, apresentou um trabalho de 9 anos de acompanhamento, onde 7.6% pacientes perderam ao menos um implante por perda precoce, ou seja, perdeu logo depois do procedimento cirúrgico. Desta maneira, a cada dez (10) implantes existe o risco de se perder um (1). Ainda que pareça pouco, em bilhões de pessoas esse número é assustador pois existem empresas vendendo implantes sem o devido controle e acreditamos que as perdas de implantes podem ser diminuídas caso fosse controlada a qualidade de maneira minuciosa.
Vale a pena ressaltar que foram usados implantes fabricados e comercializados no padrão sueco neste estudo e que a realidade brasileira é extremamente diferente da europeia, assim, somos levados a acreditar que a taxa de perdas aqui no Brasil seja ainda maior também pela diferença populacional, mas até hoje não existe estudo sobre qual percentual de perdas totais de implantes por marca no Brasil e no mundo.
O Implante.Institute surgiu para proteger os dentistas e a sociedade de implantes sem controle de qualidade, sejam eles registrados ou piratas e para informar quais as sistemas de implantes estão sendo pesquisadas no Brasil e no Mundo e uma vez que o dentista venha a perder implantes, possa entrar em contato conosco pois daremos todo o suporte possível, pois acreditamos que a reputação da classe odontológica está em jogo quando se coloca um implante “contaminado” ou “sujo” e este quando perdido, o dentista pode ser acusado de culpado quando na verdade a culpa pode ser do fabricante que ou não verifica qual o seu melhor fornecedor de titânio ou não possui controle de qualidade lote a lote.
Os processos contra dentistas e em especial contra implantodontistas são os que mais crescem nos tribunais brasileiros, quando os implantes são vendidos sem registro ou possam estar com sujeiras do processo produtivo e sem controle de qualidade, o organismo do paciente que deverá limpa-lo através dos macrófagos e assim existe o risco real de perda a qual pode não ter sido do dentista.
Na execução de suas atividades, são objetivos estratégicos:
A equipe é formada por profissionais de diferentes áreas que trabalham de forma integrada, numa abordagem inter e multidisciplinar. Os profissionais atuam na área da assistência, ensino, pesquisa e projetos.
Compõem a equipe dentistas de diferentes especialidades: clínicos, implantodontistas, de saúde coletiva, radiologistas, patologistas, cirurgiões CBMF, equipe técnica e outros.